Conformismo é uma palavra que não encontra espaço naquilo que Filipe Sambado escolhe encarnar. A versatilidade e confiança com que tem explorado e desfeito os traços normativos da canção pop assim o comprovam.
Mesmo nos contornos indie rock que marcaram o início do seu percurso ou nos cruzamentos entre a música popular portuguesa e um certo tradicionalismo romântico que serviram de berço para Revezo, já se adivinhava este espírito inquieto de uma artista em permanente estado de mutação. Escolheu sempre abrir as portas à transformação e à inclusividade em tudo aquilo que se envolve. Cada novo desafio – fale-se dos lançamentos discográficos ou até de outros trabalhos transdisciplinares – surge quase como alimento para uma inquietação e desejo palpitantes de ir mais além com a sua própria metamorfose criativa.
As incursões pela hyperpop de Três Anos de Escorpião em Touro serviram como o pretexto ideal para o universo sonoro mais denso, disruptivo e texturizado da carreira de Sambado. A produção policromática e hipertrabalhada (partilhada com Bejaflor e Rodrigo Castaño), com o uso expressivo do autotune a merecer o principal destaque, deu forma a um disco simultaneamente maximalista e emocionalmente despido, onde as idiossincrasias e tormentos pessoais de Sambado expõem uma voz destemida e mais empoderada do que nunca. E se som e visual sempre caminharam lado a lado na sua obra, aqui tornaram-se indissociáveis: um mesmo espetáculo sonoro e performativo, com ambas as componentes a reforçarem-se mutuamente.
Um ano e meio depois, surge Gémea Analógica, álbum-irmão de Três Anos de Escorpião em Touro que propõe um oposto contrastante à produção saturada do seu “mano” mais velho como um regresso ao elementar, às raízes acústicas dos originais, voz e instrumento a ocuparem o epicentro da experiência sonora enquanto os limites entre estúdio e palco se esbatem. Gravado ao longo de uma série de concertos a solo, Gémea Analógica captura a vulnerabilidade e espontaneidade que um espetáculo ao vivo de Sambado tão bem sabe enaltecer, num registo que se permite ao erro, à intimidade e à reinvenção em tempo real.A propósito dos concertos de apresentação de Gémea Analógica, a Playback esteve à conversa com Filipe Sambado, que nos deu a conhecer melhor o processo de transformar as canções originais de Três Anos de Escorpião em Touro num registo minimalista e como este reflete um momento de maior liberdade criativa em palco.

Quando e onde foi o teu primeiro concerto? Ainda te lembras disso?
Lembro-me de vários primeiros concertos, de coisas diferentes. Lembro-me, por exemplo, de um que dei com uma banda muito antiga onde tinha que montar tudo e não tinha PA. Recordo-me de estarmos um dia inteiro a montar e a puxar cabos para depois aparecerem para aí vinte pessoas, principalmente amigos, em Lagos. Também me lembro bem do primeiro concerto de Cochaise, acho que foi no Musicbox num concurso de bandas da Restart [Resound Fest, em 2010]. Agora, de Filipe Sambado a solo, o primeiro concerto foi no Bacalhoeiro. Trabalhava lá como técnico de som e deram-me uma oportunidade para tocar. Foi fixe. Portanto, lembro-me de vários primeiros concertos em situações diferentes, de inícios de projetos ou assim. São todos muito diferentes, ou porque as condições iam sendo melhores ou porque também já tinha um bocadinho mais de confiança.
Consegues identificar algum momento específico em que te tenhas apercebido que te sentias mais confiante ao atuar diante de outras pessoas? É algo que foi acontecendo aos poucos ao longo da tua carreira?
Eu gosto dessa atenção pontual de poder estar num palco e mostrar o que faço. Mas ao mesmo tempo, é algo com que tenho alguma dificuldade em lidar. Quando foi o período de confinamento, tornou-se muito difícil para mim regressar ao palco. Tive uma fase – durou vários meses – em que tive muita dificuldade em voltar porque essa insegurança veio muito ao de cima e prejudicou-me um bocado. Sou uma pessoa que tendencialmente acaba por fazer muitas piadas ao vivo, fico à vontade através do humor, o que acaba por contrastar com algumas das canções que tenho. É uma maneira de me sentir confortável. Sou uma pessoa sintética e bem-humorada em palco, é a minha maneira de lidar com essa insegurança. Os concertos são difíceis para mim, por isso também ganham pela capacidade de ultrapassar e concretizar esse momento. Não é algo pleno de sentir que este é o meu lugar, mas faço-o sempre com uma sensação de vitória pessoal. Com o Três Anos de Escorpião em Touro, gostei muito de ter montado um espetáculo mais articulado e transdisciplinar, com um lado de instalação e outro de performance, tendo assim a música como mais um termo de linguagem e não como algo tão fechado. Isso ajudou-me a ser mais metódica e esquematizada, a libertar-me de alguns dos nervos. Em contrapartida, estes concertos da Gémea Analógica são os que me sinto mais confortável a fazer hoje em dia, por estar sozinha. Também é o formato que já fiz mais vezes, estar só eu com um instrumento a cantar. Dependo só de mim. Se me enganar, o grau de intimidade por estar a tocar sozinha permite-me sempre retomar quando conseguir. O constrangimento nunca toma conta de mim. Posso enganar-me total e perdidamente, mas consigo sempre retomar a relação do sítio onde tinha ficado com o espetador. Quando as coisas são maiores e tens mais pessoas a ver e a tocar comigo, desfoco-me um bocado do que está a acontecer. Por isso, sinto que esses concertos do Três Anos de Escorpião em Touro foram a primeira vez em que senti uma sensação de controlo, tanto ao nível emocional como sobre os elementos em palco. Isso era algo que antes só conseguia nestes concertos a solo. Hoje em dia, acho que estou a chegar a um ponto de compreensão que me permite tirar mais partido dos concertos em si, tanto a solo – porque já sei como fazê-lo há mais tempo – como com banda.
No press release do Gémea Analógica, referes que “poder ouvir o público por cima da música e da minha performance” condiciona-te porque faz-te ficar envolvida em “pensamentos e sensações”. Isso vai de encontro ao que acabaste de dizer. Para além do próprio formato dos concertos ser, por si só, uma forma que te permita ter uma maior sensação de controlo, achas que é a primeira vez que te sentes totalmente confortável contigo mesma e com a intensidade da dinâmica entre artista e audiência?
Os concertos têm um lado de concentração e interiorização do que estás a fazer no momento, para além de todo um lado performático, que trabalha muito o aproximar entre o intérprete e a música em si. É muito engraçado quando isso passa para o público e é algo com que ainda tenho muita dificuldade. Estou sempre a pensar em tudo o que está a acontecer. Às vezes, não estou sequer a pensar nas letras e perco-me bastante – é muito cruel, mas verdadeiro. Todos os concertos têm momentos de ir acima e ir abaixo. Há momentos de perda de energia, quando um comentário ou uma luz te distrai e ficas a pensar nisso e se afetou a perceção do público. Às vezes, esses momentos passam-se em segundos, mas são instantes que estão a mexer constantemente com o concerto e comigo. Também é daí que surge a importância do ensaio, porque é o que te mantém com mais segurança. Começas a ter realmente um conforto muito maior e a ficar menos afetada pelo que rodeia a atuação. O processo do concerto é muito confuso [risos]. Tenho muito aquela ideia e descrição românticas das pessoas que veem concertos intensamente, dos próprios artistas que choram a tocar, daquela música pop massificante, com um significado pesado. Agora, o momento da interpretação e da performance, para mim, passa por tantos sítios que não são a canção. Questiono muito qual será a relevância disso, se devia estar mais conectada. É muito complexo, mas, sendo honesta, é a única verdade que tenho para dar naqueles momentos. Acho que isto também é um bocado de FOMO [fear of missing out], de me comparar com outros artistas e com esta ideia de super-intérpretes que absorvem os significados totais do espetáculo, da música e da forma como a transmitem e constroem. Quando faço a revisão de cada concerto, acabo a pensar em tudo e se me diverti com toda a confusão. No fundo, é o que também acontece quando estás a ter uma conversa com alguém: não ouves bem alguma parte, voltas para a conversa, perdes e recuperas o assunto. Também analiso a eficácia e a experiência do concerto na qualidade de regressar aos momentos, de me voltar a focar e concentrar. Lembro-me que o concerto que dei em Coimbra, de onde saíram mais músicas para a Gémea Analógica, foi muito conectado e prolongou-se por bastante tempo. Eu e o Chinaskee, que estava a fazer som, dormimos no Salão Brasil. Como não tínhamos para onde ir, continuamos a tocar. Se o pessoal não tivesse sítio para onde ir, eu também não tinha. Acho que toquei mais uma hora depois do previsto, já com o PA desligado, sentada à beira do palco – o formato de concerto também permite isso e a sala não era muito grande. Recordo-o como um dos concertos mais bonitos que dei, porque esse lado da partilha se tornou uma coisa mesmo muito natural e orgânica.
Quando é que começaste a sentir que o Três Anos de Escorpião em Touro era o teu primeiro trabalho que “merecia” esta extensão?
Está relacionado com várias coisas. Percebi a complexidade que o Três Anos poderia ter e achei sempre que poderia ser interessante, em algum momento, recuar à génese das canções, ou pelo menos à sua forma mínima das harmonias, melodias, voz. Depois há também um lado de eficácia, um bocado carreirista. A certa altura, pensas assim: “bora fazer um disco ao vivo, pode ser uma maneira fixe de comunicar as canções”. Surgiu daí esta ideia de que fosse algo muito rápido, fazendo estrada a solo para garantirmos também um disco com essa tour, porque temos que ter em conta o tempo de duração dos discos. O Três Anos é um disco relativamente novo, mas os concertos de apresentação são um bocado caros, por terem um lado de espetáculo mais pesado e composto. Teve um investimento para o cenário que tem que ser pago, tem que ter necessariamente dois técnicos, a banda é composta por cinco pessoas, temos sempre que alugar uma carrinha de nove lugares, etc. Só para sairmos de Lisboa, temos sempre um custo à volta dos 2000 euros. Para eu receber o primeiro euro de cachê deste concerto, eu tenho que vendê-lo, no mínimo, a 2500 euros. Acaba por ficar, às vezes, muito difícil conseguir fazer estrada de uma forma mais palpável e frequente. Por isso é que este disco também tem muito valor no seu lado mais despido, para poder voltar a dar-lhe um tempo. Em termos dos meus propósitos discográficos, anda a saber-me bem esta ideia de estar a fazer músicas soltas, porque nunca tinha tido muita possibilidade de o fazer. Já desde 2018 que estou presa a uma ideia de fazer discos de tempo em tempo. Não era uma prisão negativa, mas sim a lógica contratual que tinha na altura com a Valentim de Carvalho. Agora na Altafonte, que é a distribuidora com quem trabalho, o acordo que temos permite-me ir fazendo as músicas no formato que me apetecer, e esta ordem de ir lançando singles está a ser uma lufada de ar fresco. Lanço um disco quando sinto vontade de conceptualizar um trabalho formalmente mais completo. Os discos pesam-me um bocado, não pela dificuldade que têm de ser feitos, mas no sentido de criar um trabalho que tenha em si um cariz completo. Não gosto muito da ideia de juntar canções sem propósito. Ainda por cima, estamos numa altura em que o consumo de música, ao se distanciar do formato de disco, acabou por dar mais importância ao formato em si. Agora, os discos vêm-se obrigados a serem mesmo um conjunto, conceito e trabalho completos. Hoje em dia, lançar um disco passa muito mais por ter tempo e vontade de fazer algo mais coerente e isso manifesta-se de várias maneiras, e eu agora estou nesta fase. Para já, estive a fazer um trabalho para uma peça de teatro no ano passado [Quis Saber Quem Sou]. Este ano, vamos fazer a versão em disco para sair no 25 de abril. Conto isso como mais um lançamento discográfico, sem contar ainda com um single novo que também vou lançar brevemente. Tenho tido imensas coisas com que me entreter e esta ideia de fazer um disco ao vivo foi também uma boa maneira de ganhar tempo e de poder apresentar o Três Anos com estas versões igualmente importantes. Quando encerrei o tempo do Vida Salgada, demos um concerto que encerrou esse período e fizemos uns vídeos realizados pela Ana Viotti em que também tocava as músicas todas em casa, só com guitarra e voz. Acho que também partiu daí a ideia de fazer a Gémea Analógica como algo contrastante. O outro disco é muito carregado e sonoplástico, cheio de autotune e com muita maluquice [risos], enquanto este permite-se às desafinações, aos erros e aos nervos do concerto. Podia tê-lo feito em estúdio, mais tranquila e com as canções afinadas e certinhas, mas este lado também é muito interessante pelo contraste que proporciona.
Achei interessante teres trazido o exemplo dos vídeos do Vida Salgada, porque sempre tive a sensação que os teus trabalhos têm essa componente muito bem alinhada. Sempre me intrigou muito a liberdade de poderes controlar a forma como experiencias a música que estás a ouvir, quer seja de forma mais passiva ou ativa. E depois também há toda a parte visual que podes acrescentar a tudo o resto, que é algo quase automático no teu caso. Sempre tiveste o hábito de visualizar a tua música (ou até a de outros artistas que te vão inspirando) para lá da sua dimensão sonora?
Acho que é uma parte criativa que nutro bastante. Adoro a sensação que estás a descrever. Essa ideia de condicionar a tua experiência é uma coisa que me interessa, não só através da música, mas também de outras disciplinas. Para o Três Anos, queria muito trabalhar o lado sonoplástico do disco, no sentido do condicionamento da escuta. Por exemplo, quando estás a ouvir alguma coisa na aparelhagem de casa e tens uma obra à frente da casa que está a fazer barulho, ou quando vais com os fones na rua e passa um carro e sobrepõe-se ao que estás a ouvir. Queria muito poder ser sugestiva nesse condicionamento. Quis sujar conscientemente as canções do disco e acrescentar esse lado sonoplástico de uma forma muito autoral, para que se ouvissem outros elementos que vão retirar a atenção da música e condicionar estrategicamente a sua escuta. É algo que também gosto de fazer ao nível dos visuais. Interessa-me sempre atribuir novas leituras que acrescentem, confluem ou dividam tudo o que vês. Há um momento muito castiço no vídeo da “Laranjas/Gajos”, por exemplo. Quando estou a cantar “ela gosta de gajos, mas gosta de mim” e faço aquele número de estar a jogar a bola na praia – é convergente na contradição. Quando provoco realizadores ou quando faço eu esse trabalho, gosto muito de trabalhar as ideias como se fossem quadros em movimento, com várias leituras possíveis e um percurso definido. Podem ser coisas pequenas, como uma pessoa levantar-se para ir buscar um copo de sumo e o que a rodeia é que dá importância à ação por si. Ou até num lado meio absurdo, duas pessoas a terem relações sexuais numa lixeira durante um período de guerra, por exemplo. Não é o momento de sexo em si que é mais valorizado, mas sim o contexto à volta. É algo importante para mim, porque vai buscar muito à capacidade das pessoas de lerem a situação. Esse contexto é o que vai dar azo à imaginação para se poder fazer considerações sobre a ação em si.
Exato, e sinto que acabas por fazê-lo em várias disciplinas. Em palco ou na gravação em estúdio, mantém-se sempre como uma extensão de ti mesma. Para além do que refletes nas versões originais das canções, sentiste que aprendeste algo específico sobre ti ao interpretá-las neste formato?
Não sei se muito mais do que aquilo que já fazia noutros concertos a solo, mas propus-me a implementar melhor o lado de storytelling na atuação. Nunca tinha feito isso antes. No palco, tenho uns tools colocados em cima de tripés, para podermos ter umas projeções que ficam diluídas. Depois, também tenho uma espécie de uma GoPro apontada para mim e trago vários objetos comigo que têm a ver com o que possa querer dizer nesse período de tempo. Podem não estar muito relacionados com a música, mas pode ter a ver com algum tipo de diálogo que quero gerar no momento do concerto. Tenho esses objetos espalhados por ali, desde bibelôs a livros infantis. Foi a primeira vez que fiz algo assim de forma provocada, mas sinto que ainda posso melhorar a execução. Às vezes, fico a querer despachar-me e começo a pensar se estou a dar seca às pessoas, mas a ideia em si é muito engraçada. Queria mais possibilidades de leitura e partilha. Esse lado de storytelling foi, para mim, a grande novidade dos concertos da Gémea Analógica, porque lhes deu uma teatralidade muito interessante. Transformou o espaço do concerto, imageticamente, numa espécie de tenda cozy. Os momentos acabam por ser sempre caricatos e diferentes. Raramente pego nos mesmos objetos ou conto da mesma forma as experiências e características de cada um. Acaba por ser algo muito orgânico e areado.

Estas gravações ao vivo, como já referiste, são claramente acústicas – quase como se fosse uma harmonia constante entre ti e a guitarra – e muito mais despidas do que quando as apresentaste em palco para os concertos do Três Anos de Escorpião em Touro. Houve alguma canção desse disco que tenha sido difícil de reimaginar ou foi uma transição relativamente simples do estúdio para o palco?
A “Talha Dourada” foi uma música difícil. Passar para a guitarra o ritmo do teclado estava a ser demasiado redutor, mas tocá-la de uma forma muito seguida também estava a descaracterizar o original. Foi mesmo das mais difíceis de tentar chegar a um sítio em que sentisse que estava completa e que conseguia, nesta versão, passar aquilo que para mim é a parte elementar da canção. Por outro lado, a “Frasco de Vidro”, sendo uma música que vai a tantos sítios na versão original, foi fácil de passar para a guitarra e voz. Foi bastante simples e consegui fazê-lo de uma forma muito rápida.
Há alguma coisa que vás tentar fazer de diferente nestes concertos de apresentação do Gémea Analógica, ou vais optar por um reflexo direto e/ou uma continuação deste disco ao vivo?
Não, a versão dos concertos vai continuar a ser só voz e um instrumento que o complete. Pode ser a guitarra [clássica ou elétrica], o teclado ou o cavaquinho. Normalmente quando toco a solo, não tenho um alinhamento estruturado. Como o rigor com os técnicos não é tão fechado, posso estar mais à vontade com as coisas que faço. Meço as minhas vontades e o que o público está a pedir e a sentir. Agora, aquilo que vai mudar mais será a forma como vou integrar as músicas que não são do disco. Nos quatro concertos que tinha dado para a gravação [do Gémea Analógica], tocava o disco todo com uma ordem variada. Depois, no encore, cantava músicas de outros discos. Nestes próximos concertos, já não me interessa tanto essa ideia de fazer o disco todo, de separar tanto o Três Anos de Escorpião em Touro de tudo o resto. Continuo a querer tocar na mesma lógica, de um concerto mais despido, mas não há tanto esta limitação tão marcada. Agora, nos ensaios, também vou explorar a possibilidade de introduzir alguns elementos extra, como uma drum machine, mas ainda estou muito na dúvida se o faço ou não. Pode retirar um bocado o lado mais íntimo destes concertos e o som começa a ficar logo mais massivo e intenso. Essa é a minha única dúvida de momento, mas já decidi que a forma como vou integrar as músicas mais antigas do meu repertório vai estar mais ligada.
A digressão de Filipe Sambado para apresentar Gémea Analógica continua esta quinta-feira (17), com um concerto no Centro Cultural de Lagos. Os bilhetes podem ser adquiridos aqui e as restantes datas da digressão podem ser consultadas aqui.
Fotografia de destaque: Catarina Santos