Sobre o Primavera Sound Porto 2024, com pouco amor

Começo este texto com uma confissão: não era para escrever uma única linha sobre a edição de 2024 do Primavera Sound Porto. Como sempre desde que passei a ter capital próprio disponível, desloquei-me ao Parque da Cidade em lazer (comprei o passe a 140€ antes do cartaz ser lançado) e não em trabalho. Mas depois deste absoluto shitshow de edição, é impossível não escrever sobre tudo isto. Modo crítico on, modo público off.

Ao abandonar o festival na madrugada de sábado (8) para domingo (9), um jornalista amigo e eu comentávamos que a melhor palavra para descrever a edição deste ano do festival portuense era “catastrófico”. Os concertos lendários de Mannequin Pussy, Pulp ou Lana Del Rey não foram suficientes para o comum mortal esquecer (bem, no caso de Lana, talvez tenha sido) todos os contratempos desta que foi a edição mais problemática do Primavera Sound Porto.

Houve mesmo muito poucas coisas que correram bem durante o festival. O primeiro dia, onde SZA brilhou para os seus fãs enquanto cabeça de cartaz, a pop teatral de Mitski encheu as medidas, os American Football fizeram chorar, Amyl and the Sniffers partiram tudo, e PJ Harvey nos deixou de coração cheio, foi apenas um momento de calma antes da tempestade. Quando tudo parecia que ia correr bem – o Palco Porto continua a não ser grande palco, mas ao menos não houve direito a cheiros estranhos e a lama só surgiu no último dia após um dilúvio –, rapidamente tudo descarrilou no interior do Parque da Cidade.

Em conversa com os jornalistas no último dia do evento, José Barreiros, diretor do festival, tem razão em afirmar que a edição de 2024 do Primavera Porto necessitava de “um bocadinho de sorte”. Os cancelamentos, particularmente os de Ethel Cain e de Lankum, não são culpa da organização (apesar de estranhamente fazerem parte do ADN do Primavera Sound Porto), e a chuva é sempre inimiga quando falamos de eventos ao ar livre. Mas o melómano que é melómano festivaleiro sabe disso e vai preparado. Impermeável na tote bag e siga para bingo.

Porém, José Barreiros esquece-se de um ponto importante sobre a sorte: a sorte não surge do nada. A sorte ocorre quando existem condições para isso. Portanto, se falta sorte ao Primavera Sound Porto, não será hora de reavaliar o porquê de ela não sorrir ao festival?

Na sexta-feira (7), segundo dia do festival, o caos gerou-se no Parque da Cidade: todos os concertos que iam decorrer no Palco Vodafone, antigo palco principal do festival, foram cancelados. Os portugueses mutu, Classe Crua, e The Legendary Tigerman, e os franceses Justice, estes últimos headliners do dia a par de Lana Del Rey, não tocaram no slot previsto. No caso dos Mutu, subiram às 00h55 ao palco Super Bock, outro dos palcos secundários do Primavera Sound Porto; no caso do Lendário Homem Tigre, acabou a substituir Ethel Cain no sábado. Os Classe Crua e os Justice não subiram a palco de todo. Os Justice já anunciaram nas suas redes que voltarão “em breve” a Portugal.

A razão deste cancelamento, e da controvérsia consequente, demorou a ser comunicada adequadamente. Inicialmente, foi noticiado pelo JN que o cancelamento teria sido devido à chuva e à trovoada que se fez sentir no final de tarde de sexta-feira no Porto. Depois, o anúncio nas redes sociais do festival e dos Justice indicava que tal se devia a um problema técnico com o Palco Vodafone. Na manhã de sábado, o JN esclarecia melhor os acontecimentos que tinham sucedido e levado ao cancelamento dos concertos no Palco Vodafone: sexta-feira, durante a montagem “inábil do Palco Vodafone”, este teria cedido “com risco de aluimento parcial por excesso de peso”.

No sábado, José Barreiros apresentou aos jornalistas a versão da Picnic, organizadora do festival, sobre como a montagem do equipamento dos Justice quase resultou no aluimento parcial do Palco Vodafone – que, nesse mesmo último dia de festival, se encontrava inteiramente operacional: “Tínhamos a certeza de que tínhamos um palco que aguentava a estrutura dos Justice, que ia a 66% da carga máxima do palco”, referiu José Barreiros aos jornalistas. “A parte cenográfica principal do concerto deles, a cruz com umas luzes por trás, muito pesada, subiu, ficou suspensa, mas passado uns 10 ou 15 segundos uma anilha, se calhar não é esse o nome técnico, que está agarrada a um cabo de aço, abriu e provocou um estrondo. O material esteve sempre suspenso, mas o cabo a bater na lona fez um estrondo. Parou tudo”, contou o diretor do festival. Apesar dos Justice quererem muito “fazer o espetáculo”, tornou-se impossível recalendarizar o concerto para outro horário ou dia. Para outro palco, refere José Barreiros, o tempo de montagem demorado tornava a logística impossível; adiar para a noite de sábado não era possível porque o duo tinha de voar para os Países Baixos para outro espetáculo, indica a Blitz.

Apesar da explicação de José Barreiros, a sequência de eventos levanta várias perguntas. Como surgiu o erro de cálculo que levou a que a estrutura dos Justice fosse montada num palco que não estava preparado para tal? Onde falhou o processo? E como é possível evitar situações semelhantes no futuro e comunicar tudo isto melhor ao público? Certamente, isto são questões que internamente serão avaliadas – e muito possivelmente com a “casa-mãe” de Barcelona ao barulho.

Imprevistos e erros deste tipo ocorrem em festivais. O caso do Primavera Sound Porto e dos Justice é mais um para juntar à lista. Em 2011, o NOS Alive (na altura chamado Optimus Alive) foi forçado a cancelar vários concertos no seu palco principal quando um “problema técnico” forçou reparações para garantir que os Thirty Seconds to Mars subissem ao palco. No mesmo ano, o acampamento do Super Bock Super Rock transformou-se em caos absoluto quando a quantidade de público que se deslocou ao Meco apanhou a organização de surpresa. Em 2012, o concerto dos Death Cab for Cutie no Primavera Sound Porto foi cancelado devido ao palco onde iriam tocar também necessitar de reparações depois da chuva ter assolado o evento. Em 2018, aconteceu *aquele* concerto dos The Voidz no Super Bock Super Rock. Em 2022, o Super Bock Super Rock (já encontraram o padrão?) foi forçado, à última da hora, e corretamente, a trocar de localização para o Parque das Nações devido ao perigo de incêndio no Meco. Por mais estranho que pareça, um festival montado em dois dias num espaço totalmente diferente deu menos problemas ao público que o Primavera deste ano.

Portanto, problemas semelhantes já ocorreram no passado neste festival e em outros. A diferença é que em grande parte destes casos, aparenta ter havido alguma espécie de comunicação direta de que algo tinha falhado; quando jornalistas e público entraram no recinto do Primavera na sexta-feira, apenas encontraram um Palco Vodafone rodeado por grades e com equipamento a operar nele sem grande explicação sobre o que teria sucedido horas antes. Teorizar tornou-se parte do jogo; um comunicado breve por volta do horário de abertura de portas teria resolvido rapidamente o assunto.

É curioso pensar que, em 2022, o ano em que os festivais “grandes” regressaram após a pandemia, no meio de tanta confusão, o Primavera Porto decorreu com bastante normalidade. Uns meros dois anos depois, e vai ser difícil encontrar um festival com organização mais caótica e amaldiçoada que este. Nem a água do Senhor da Pedra de dB serviu para salvar o festival do mau olhado.

Além do problema com o palco dos Justice, o último dia de festival também registou problemas técnicos durante os concertos dos bascos Lisabö e Conjunto Corona, ambos no palco Super Bock. No caso dos primeiros, estiveram cerca de dez minutos sem som; isto voltou a acontecer durante o set dos Corona, mas o problema foi resolvido rapidamente e dB, Logos e Homem do Robe deram um concerto que serviu de coroação a todo o trabalho que desenvolveram ao longo da última década. De acordo com o Público, também durante o concerto de Ana Frango Elétrico no primeiro dia do Festival ocorreram problemas técnicos no Palco Vodafone. Estes são casos que não suscitam tanta reação adversa quanto o dos Justice, mas são igualmente importantes de sublinhar.

Se a situação em torno dos Justice e a resultante falta de comunicação e transparência da organização – mais a recusa de reembolsos, pelo menos por agora – é difícil de compreender por default, torna-se particularmente mais complicada de “aceitar” quando o Primavera e a Picnic estão, desde o dia zero do festival, a construir (ou a pretender) uma relação de quase “amizade” com o seu público. O Primavera era o festival feito por melómanos para melómanos – ou pelo menos, assim o parecia. Foi uma estratégia de marketing que resultou ano após ano porque a comunicação e o cartaz assim o justificavam – mas será que ainda resulta?

Em entrevista à TimeOut em 2023, João Carvalho, uma das principais caras ligadas à Picnic e à Ritmos, organizadora do Vodafone Paredes de Coura, confessava que o Primavera Porto “tem uma filosofia de crescimento, e vamos continuar a crescer. “[A marca Primavera] está a alargar-se a todo o mundo, e não queremos que Portugal seja a edição mais pequena”, acrescentou. Quando questionado sobre as críticas que muito do público do Primavera Sound fez a algumas decisões do festival nos dois últimos anos, não só em termos de cartaz como também na remoção do palco “da floresta” e no acrescentar do novo palco principal, a resposta de João Carvalho é digna de ser lida e relida: “Por cada comentário negativo, há mais pessoas a falar bem, só que não escrevem”, citou a Timeout.

Chegamos ao verdadeiro pantanal da questão. O Primavera Porto, tal como outros festivais, quer crescer, ser maior, agradar a mais pessoas e a mais públicos. Isto pode resultar num impacto positivo. Este ano, o festival contou com uma maior presença de mulheres no palco principal do festival e um maior contingente português no cartaz. Contudo, excetuando os Mutu, por força maior, e os Corona, ninguém tocou em prime time. Além disso, fica em aberto a questão da disparidade dos valores dos cachês destes artistas em comparação a outros nomes estrangeiros do cartaz.

Uma maior diversidade num cartaz como o do Primavera faz com que o público seja também mais diverso. O dia de Lana Del Rey, que registou a maior enchente de sempre do festival portuense – 40 mil pessoas –, é um excelente exemplo desse fenómeno, apesar de não existirem ainda dados demográficos sobre o público da edição do festival deste ano.

Todavia, a que custo ocorre esta expansão do festival? O cartaz deste ano do Primavera Sound Porto perdeu, por exemplo, por completo a programação de música eletrónica. Após 2019, o festival também já havia retirado a programação do warm-up na cidade e não existe qualquer indicação de que isso vá voltar. Em Barcelona, casa-mãe, tanto o lado de eletrónica de festival como o Primavera na cidade (Primavera a la Ciutat) continuam a existir. No Porto, até onde irá a organização “desmanchar” o festival da sua identidade em prol do chavão do “crescimento”?

À Comunidade da Cultura e Arte, José Barreiros afirmou que “não retiraram nada da experiência do festival”, apenas acrescentaram. Esta é uma declaração falaciosa, porque tudo o que foi acrescentado para fazer o festival “crescer” não o torna num melhor local para o seu público; é simplesmente uma forma de garantir que existe mais público no matter what. Será que a secção para VIPs adicionada à frente do palco principal desde 2022 acrescenta alguma coisa à melhoria da experiência do festival exceto para uns quantos privilegiados?

Espera-se, pelo menos, que a programação para melómanos de todo o tipo continue a existir no Primavera Sound Porto. Veja-se, por exemplo, o caso de Mandy, Indiana, que deram um dos concertos mais potentes da edição deste ano do festival, de billy woods ou de Joanna Sternberg. Contudo, o público interessado nesses artistas parece estar a sofrer algum desgaste por ser obrigado, muitas vezes, a ter de ir a festivais como o Primavera, cada vez mais megalómanos, para ver estes artistas ao vivo. Claro que alguns deles tocam em locais como a Galeria Zé dos Bois ou no gnration, ou em festivais mais pequenos como o Mucho Flow. Porém, na generalidade, se o público português quer ver música ao vivo, é obrigado a ir aos festivais de verão organizados pelas grandes promotoras de eventos, como a Picnic, a Ritmos, a Everything is New ou a Música no Coração. É vergonhoso que nomes como King Gizzard & The Lizard Wizard não tenham ainda tido a oportunidade de tocarem em nome próprio no nosso país tendo em conta a quantidade de fãs que têm em Portugal (desde que este texto foi escrito, foi anunciado que a Everything is New vai trazer King Gizzard a Portugal em 2025).

Quando falamos desta “canibalização”, como lhe chamou Davide Pinheiro recentemente, entra em jogo uma outra questão pertinente: o preço destes festivais e concertos. O passe do Primavera, por exemplo, nos derradeiros dias do festival, chegou a custar 195 euros (olhem para o cartaz e digam que valia 195 euros – não valia), mais caro que o campeão dos grandes festivais portugueses a nível de preçário: o NOS Alive. Este ano, o passe do Alive, entretanto esgotado – culpa dos Pearl Jam –, custa 190€ (antes de taxas), quase um quarto do salário mínimo nacional. Estes festivais não são feitos para o português comum. Nunca foram, na verdade. Mas se antes conseguiam escondê-lo um bocadinho, agora torna-se cada vez mais óbvio o estratagema de prioritização do público estrangeiro. No hostel onde fiquei durante o festival, um rapaz belga justificava a vinda ao Primavera Porto porque o festival era mais barato do que no seu país e conseguia ver os mesmos artistas por um preço mais reduzido. Ou seja, mesmo se o português deixar de ter possibilidade de comprar bilhetes, outros irão na sua vez. Começa a soar muito semelhante à crise no acesso ao alojamento, mas isso são outros quinhentos.

Se o Primavera vendia a sua experiência para melómanos, essa já não é a ideia-chave que o festival pretende transmitir ao seu público. O Primavera Porto agora quer vender uma outra experiência, adequada às religiões das fandoms da pop que estão dispostas a pagar qualquer preço para verem os seus artistas favoritos. O que acontece aqui não é tanto uma traição para com o seu público, mas um desvendar daquilo que terá sido a ideia base para que a marca Primavera passasse a ser explorada no Porto a partir de 2012: o lucro (como se isso fosse surpresa para alguém).

No que é que isto tudo resulta? Desgaste. É notório que o nosso país tem festivais a mais, mas o público irá continuar a comprar bilhetes (e tenho a certeza de que eu próprio não serei inocente nisso) enquanto não houver alternativas em Portugal para vermos os artistas que queremos.

Mesmo assim, no pós-pandemia, tem-se notado que as pessoas já não estão dispostas a gastar centenas de euros todos os anos – porque também já não o têm –  para verem os seus artistas favoritos no meio de um centro comercial a céu aberto onde, por acaso, estão ali umas músicas a serem tocadas. Excetuando artistas pop gigantes, cuja devoção impele à compra do bilhete pelos fãs, está a tornar-se complicado justificar o aumento de preços sem uma melhoria na experiência festivaleira. Daí a tentativa de tornar tudo “maior”. O Primavera ainda não se tornou num Alive ou num Rock in Rio versão Porto nesse aspeto, mas neste momento toda a cautela é pouca.

Mesmo se ignorarmos que os cartazes dos grandes festivais em Portugal têm piorado nos últimos anos – um misto de booking preguiçoso hiperdependente do streaming e questões geracionais parecem ser a causa deste paradigma –, torna-se óbvio que estamos perante o fim da era do grande festival como o conhecemos nas duas últimas décadas no nosso país – mas não só.

Na Austrália, no início de 2024, a organização do Splendour in The Grass, um dos principais festivais australianos, anunciou que a edição deste ano não se iria realizar. Nos Estados Unidos, o Coachella, o expoente máximo do festival enquanto centro comercial, não esgotou. No Reino Unido, ao que tudo indica, o Glastonbury vai tirar um gap year em 2025 (a última vez que isso aconteceu foi em 2018). Em Portugal, só o dia de Lana Del Rey no Primavera e o NOS Alive, no dia de Pearl Jam e passe geral, esgotaram até ao momento.

Em resposta a esse cancelamento, o Dr. Sam Whiting, especialista da UniSA (University of South Australia) em indústria da música ao vivo, partilhava com a rádio australiana triple j o seguinte: “Acho que estamos a ver o fim destes festivais multi-género. O público está cansado disso. O custo de vida, os salários e a crise habitacional estão a ter impacto particular nos jovens e eles estão a ser muito mais cuidadosos com os seus gastos.”

Se pensarmos na forma de agir do Primavera e tivermos em conta as afirmações de João Carvalho sobre fazer o festival crescer assim como o desgaste do público teorizado por especialistas, pinta-se uma imagem clara sobre o que está verdadeiramente a acontecer: o capital a proteger-se a si mesmo e ao seu lucro, tornando o público refém duma relação exploratória em que apenas um dos lados ganha. Não é assim tão diferente da forma que as Taylor Swifts desta vida, por muito boa que seja a música que façam, exploram os seus fãs para que estes comprem mais vinil, mais merchandise, para alimentarem a máquina. É com base nestas relações exploratórias que a indústria musical sempre se construiu; mas estaremos a ver o seu fim?

Tudo isto é sinal de que estes festivais estão todos a passar por uma enorme crise de identidade. Uns mais (Super Bock Super Rock há alguns anos já, agora o Primavera), outros menos (NOS Alive), mas todos eles estão a passar pelo mesmo problema: “uma dificuldade crescente em criar momentos únicos que a experiência social por si só não resolve”, como indica Davide Pinheiro no ensaio “A hipersaturação dos festivais”. A única forma que têm para justificar essa incapacidade tendo em conta os preços que cobram é tornarem-se cada vez mais megalómanos na sua tentativa de oferecer experiências que dizem ser “memoráveis”. 

Na manhã de domingo, João Carvalho colocou uma story no seu Instagram a dizer que esta edição do Primavera Sound Porto foi memorável. A pergunta que fica no ar é: memorável de que forma? Para alguns, certamente foi agradável: viram o seu artista favorito a quem prestam toda a devoção. Para muitos outros, foi memorável apenas por um motivo: foi a pior edição de sempre do Primavera Sound Porto.

Este ensaio teve como base o texto assinado pelo autor na sua newsletter sobre o mesmo tema.

Cucujanense de gema, lisboeta por necessidade. Concluiu um curso de engenharia, mas lá se lembrou que era no jornalismo musical e na comunicação onde estava a sua vocação. Escreveu no Bandcamp Daily, Stereogum, The Guardian, Comunidade Cultura e Arte, Shifter, A Cabine e Público, foi outrora co-criador e autor da rubrica À Escuta, no Espalha-Factos, e atualmente assina textos no Rimas e Batidas e, claro está, na Playback, onde é um dos fundadores e editores.
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Os grandes festivais de verão estão em decadência. E agora?

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